Com quatro datas marcadas em solo brasileiro neste mês de maio, o System of a Down voltou a ser assunto entre os fãs — mas não só pelos shows. As especulações sobre um novo álbum voltaram a circular, reacendendo esperanças que, infelizmente, a própria banda fez questão de esfriar.
Em entrevista recente à NME, o baixista Shavo Odadjian explicou que os integrantes continuam em contato e que conversas sempre existem, mas reforçou que nada está garantido. “Se acontecer, precisa ser incrível. Não pode ser só uma jam”, afirmou, deixando claro que a exigência criativa do grupo continua alta.
O último registro completo do SOAD veio em 2005, com os discos Mezmerize e Hypnotize. Desde então, a banda só lançou dois singles em 2020 — “Protect the Land” e “Genocidal Humanoidz” — como parte de um esforço beneficente em apoio à causa armênia.
Mas a verdade é que os bastidores não têm sido os mais favoráveis para um retorno ao estúdio. Em conversas anteriores, o vocalista Serj Tankian já havia dito que se sentiu mais passivo no processo criativo dos últimos álbuns. Segundo ele, um eventual novo projeto exigiria uma abordagem totalmente nova — algo que, ao que parece, não está nos planos.
Já o guitarrista Daron Malakian foi direto durante um papo com o produtor Rick Rubin: “Talvez há 10 anos isso me empolgasse. Hoje, não tenho tanta certeza”. Quem também comentou sobre as dificuldades internas foi o baterista John Dolmayan, que disse só aceitar gravar novas músicas “sob diretrizes muito rígidas” e ainda mencionou as divergências políticas com Serj como um dos pontos de tensão dentro da banda.
Apesar da incerteza sobre novos lançamentos, os fãs brasileiros ainda têm muito o que celebrar. A banda desembarca no país para shows em Curitiba (6/5, no Couto Pereira), Rio de Janeiro (8/5, no Engenhão) e São Paulo (10 e 11/5 no Allianz Parque, e 14/5 no Autódromo de Interlagos), prometendo relembrar os maiores clássicos de uma das discografias mais marcantes do metal alternativo dos anos 2000.